ROUBADOS!
FOMOS ROUBADOS!
Não é mole não, é muito olho gordo em cima do Vasco nessa reta final, ‘eles” estão fazendo de tudo para atrapalhar o Vasco.
A dois ou três jogos atrás eu dizia que a arbitragem vinha errando sistematicamente contra o Vasco que por sorte e competência, não acabara sendo prejudicado. Só que não tivemos a mesma sorte hoje.
Com 14 segundos de jogo, o zagueiro Xandão cometeu falta violenta e sem atingir a bola em Éder Luís. Falta essa que, independente de ser com 14 seg ou 14 minutos de jogo merecia cartão vermelho. O atacante Willian José marcou 9 faltas no jogo, a maioria por trás e não recebeu amarelo sequer. Com 15 minutos de jogo, o lateral Juan já havia cometido 4 duras faltas e quase no fim do jogo cometeu um pênalti escandalosamente claro em Allan, que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro marquem este nome, ignorou.
Arbitragem maliciosa, calendário totalmente diferente do adversário, e a festa de campeão marcada para São Paulo? Façam as contas! Se não vencermos este brasileiro, não vai ser em campo que vamos perde-lo, vai ser além das quatro linhas.
Mas isso tudo não exime de culpa o time de hoje. Os gols que sobraram contra o Aurora faltaram neste Domingo, parte por falta de sorte, parte por falta de capricho ou precisão, e parte por falta de comando.
A falta de sorte ficou por conta dos gols feitos que o bom goleiro Dênis salvou. A falta de capricho pela cabeçada de Élton no meio do gol, e a falta de comando por culpa do Cristóvão Borges.
Com Fágner e Diego Souza suspensos, parecia óbvio que Allan e Bernardo respectivamente assumiriam seus lugares. Mas ao invés disso, o Vasco entrou em campo com Fellipe Bastos, Jumar e Rômulo para enfrentar em casa lotada, um São Paulo sem Dagoberto, Luís Fabiano e Rogério Ceni.
Allan jogou muito bem, mas não a altura dos últimos jogos de Fágner, e Diego Souza fez uma grande falta ai meio campo do Vasco que dependia de Felipe, o seu falso lateral esquerdo, e De Juninho Pernambucano que apesar de desfilar toda a sua categoria, não vai partir pra cima de ninguém e abrir espaço sozinho como Diego faria. No primeiro tempo isso funcionou mais ou menos, quando Felipe saia da lateral para o meio o Vasco levava mais perigo, mas as melhores oportunidades surgiram com os avanços de Éder Luís pela direita.
No segundo, com as saídas de Felipe e Juninho, por contusão, e a entrada de Rivaldo, o Vasco perdeu completamente o meio de campo e a chance de vitória.
A verdade é que o Vasco não fez grande partida. Apesar do erro de julgamento de Cristóvão, o seu medo de perder a partida que o impediu de lançar Bernardo antes dos 15 do segundo tempo, o gigante da colina ainda assim fez o suficiente para merecer vencer. Ninguém pode acusar esse time de falta de vontade, em face das dificuldades, estarmos firmes na briga pelo título.
O Vasco é um timaço? não. O Vasco é um bom time, de bons jogadores, e em processo de se formar uma grande equipe. No Brasil, não há um time mais forte e por isso esse campeonato está tão disputado, a verdade é que não existe um grande time no Brasil. Talvez o Santos, mas aquele Santos da libertadores, não esse Santos de hoje.
Seja como for, continuamos na briga. Infelizmente os gambás venceram aquele esboço de time do Avaí e pelo critério de desempate ( vitórias) fica com a primeira colocação. A próxima rodada reserva um coletivo de luxo para o Corinthians que encara o rebaixado América, enquanto o Vasco pega o Santos, provavelmente sem Neymar, e que talvez não tenha grande interesse no jogo por já ter conseguido os pontos que planejava.
Infelizmente hoje não deu, mas a briga continua e esse campeonato só vai ser decidido na última rodada.
O JOGO
Antes da partida, princípio de confusão entre as duas torcidas nos arredores de São Januário. Em campo, muitos desfalques. Enquanto o Vasco não contou com Fagner e Diego Souza, suspensos, o Tricolor não teve seu ataque titular (Luis Fabiano e Dagoberto) e seu capitão (Rogério Ceni). Com tantos problemas, Leão teve de mexer no esquema, escalando três zagueiros e apenas Willian José na frente.
No Vasco, Cristóvão Borges surpreendeu e escalou Felippe Bastos na vaga de Diego Souza, deixando Bernardo no banco. Juninho, porém, não estava sozinho na armação, uma vez que Felipe – escalado na lateral -, foi um meia esquerda na prática, com Jumar fazendo sua cobertura. E foi justamente nas costas de Felipe que surgiu a primeira chance do jogo. Lucas caiu por ali e achou Carlinhos Paraíba livre para soltar a canhota de fora da área. Prass foi bem e colocou para escanteio.
A ousadia inicial logo transformou-se em precaução, e o São Paulo optou por recuar e aguardar o Vasco no campo defesa, apostando nos contra-ataques. A estratégia deu certo. Com o meio-campo abarrotado de tricolores, o time carioca errou muitos passes, Juninho pouco criou, enquanto a equipe paulista chegou com perigo em chutes de William José, Marlos e Carlinhos Paraíba. O Vasco, por sua vez, ameaçou apenas em uma conclusão de Juninho, defendida por Dênis. Antes do intervalo, o Cruz-Maltino soltou-se um pouco e tentou com Eder Luis e Alecsandro, que acertou uma cabeçada renta à trave.
O momento de maior vibração da torcida, no entanto, foi quando o placar eletrônico anunciou o gol do Avaí, contra o Corinthians, no Pacaembu. Os vascaínos foram à loucura e comemoraram ao gritos de "Aloha".
No volta para o segundo tempo, os nomes eram os mesmos, mas posturas mudaram. Mais soltos, os dois times se mandaram ao ataque, deixando o jogo escancarado. O Vasco, porém, era mais perigoso. Allan, em linda jogada individual, invadiu a área pela direita e chutou forte para uma espetacular defesa de Dênis. Foi a senha para incendiar o “caldeirão”. Embalado pela torcida, o time carioca pressionou. Rômulo e Juninho arriscaram e tiveram muito perto do gol inaugural.
Quando Juninho sentiu a panturrilha, aos 15 minutos, o técnico mexeu três vezes quase simultaneamente . Primeiro, Nilton entrou no lugar do “Reizinho”. Em seguida, para abastecer o ataque, Bernardo substituiu Jumar, e Felipe saiu para a entrada do zagueiro Douglas. Leão também mexeu. Trocou Marlos pelo argentino Cañete, Lucas por Henrique, e William José por Rivaldo.
As mudança desestruturaram o jogo taticamente, mas o Vasco não parou de atacar. O problema foi outro: Dênis. Sem jogar uma partida oficial há 805 dias, o goleiro substituiu Rogério Ceni à altura e foi o principal responsável pelo placar sem gols. Em duas cabeçadas de Elton, Dênis, inspirado, se esticou todo e evitou o tento vascaíno.
Antes do fim do jogo, quando o Vasco pressionava, os vascaínos vibraram quando o placar eletrônico de São Januário anunciou o segundo gol do Avaí no Pacaembu. No entanto, por engano ou não, o gol era o da virada do Corinthians, o que gerou uma grande frustação e custou a perda da liderança a seis rodadas do fim do Campeonato Brasileiro.
FICHA TÉCNICA
VASCO 0 X 0 SÃO PAULO
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 30/10/2011 - 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Kleber Lucio Gil (SC)
Cartões amarelos: Xandão, Wellington, Henrique(SPF) e Rômulo (VAS)
Público/ Renda: 17.575 / R$ 729.200
VASCO: Fernando Prass; Allan, Dedé, Renato Silva e Felipe (Douglas 22'/2ºT); Rômulo, Jumar (Bernardo 20'/2ºT), Felipe Bastos e Juninho (Nilton 15'/2ºT); Eder Luis e Elton.
Técnico: Cristovão Borges
SÃO PAULO: Denis, João Filipe, Rhodolfo e Xandão; Piris, Wellington,Carlinhos, Lucas (Henrique 22'/2ºT) e Juan; Marlos e Willian (Rivaldo 23'/2ºT).
Técnico: Emerson Leão.